No século XXI, há uma doença que não ousa dizer o seu nome: a solidão. Hoje, solidão é sinônimo de revés amoroso, que por sua vez se tornou um estigma do insucesso - atualmente fracassar no amor é como estar desempregado. À noite, o solitário à mesa de um restaurante é um sem-abrigo, um intocável hindu, numa espécie de pelourinho. Perdoa-se tudo nesta sociedade permissiva, menos aquele que não é amado.
Paulo Nogueira, “O Suicida Feliz” (2003)
Nicola Bealing
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